domingo, 9 de outubro de 2005

UM PRECURSOR TEM SEMPRE RAZÃO


O Moisés de Miguel Ângelo

“Não posso crer, a respeito do teu fidelíssimo servo Moisés, que lhe tenha sido dado por ti um dom menor do que eu gostaria e desejaria para mim próprio, se tivesse nascido no tempo em que ele nasceu e me tivesses colocado no mesmo lugar, a fim de que, mediante o ministério do meu coração e da minha língua, fossem dadas a conhecer aquelas páginas (...)”

Santo Agostinho (“Confissões”)

É lógico o raciocínio do santo. Se acreditamos na figura do precursor, cremos também na sua inspiração.

Se Moisés gaguejava, tal como Homero era cego, isso era uma marca de “servidão” para com o seu Deus, o que o ajudou, talvez, a transmitir-nos o ditado do “Génesis”.

Mas o mediador permite-nos medir com ele a existência.

Nesse sentido, não há nenhum homem que, depois de morto, não possa transformar-se em oráculo e em servidor de enigmas.

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