sábado, 1 de abril de 2006

DELENDA TV

anti-TV display at the Millennium Dome


Fechar a televisão é a única crítica consequente.

Sonhar com um programa ao serviço do povo é pensar que as ideias são o conteúdo da televisão. Pensar que um auditório de milhões pode ser influenciado pela pregação directa ou subliminar é a convicção da publicidade e dos ideólogos de todos os partidos.

Mas está longe de estar provado que o telespectador seja um passivo ruminante de conteúdos. Quando a política pode mudar por um sim ou por um não, tudo se transforma em espectáculo. O maniqueísmo é a única maneira de entrar no jogo, mas o espectador deixa de se divertir no momento em que a televisão se assume como instrumento político. Vê-se assim como a igualdade dos partidos no tempo de utilização e no aproveitamento técnico do medium redunda em pura tautologia.

A juventude, que tem menos resistência cultural à televisão, é em si própria a melhor critica da estupidez electrónica e do império de imagens a que as famílias se submeteram.

Há que tirar a lição desta educação das crianças pelo princípio do prazer.

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