sábado, 24 de dezembro de 2005

A NOMEAÇÃO DAS NINFAS



Neste aniversário de "Lolita", de Nabokov, não me é possível ter o texto presente (precisaria de lê-lo outra vez), mas apenas o filme de Kubrick, o que não aconteceria se este não fosse a obra-prima que é.

Se há um escândalo no romance deste europeu de meia-idade que perde a cabeça por uma ninfeta, o pecado parece atenuado pela "perfeição" sexual de Sue Lyon e pelo papel lastimável e patético que cabe a Humbert Humbert (um James Mason não se podia mais pai de família) no enredo de sedução e ludíbrio em que se queimou o que foi buscar lenha.

Assim, a teia maquiavélica urdida por um Peter Sellers genial ao longo das suas metamorfoses funciona como uma máquina penal deliciosamente hipócrita.

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